Para você, o que é ser rico?
Para mim, ser rico é ser livre. Para mim, rico é quem possui um patrimônio grande o suficiente para manter o seu estilo de vida sem precisar trabalhar ou suar a camisa.
Esse estágio é conhecido como independência financeira.
Continue lendo esse artigo para saber:
- O principal ingrediente para a sua independência financeira;
- O número mais importante da sua vida financeira (e que é bastante ignorado);
- Por que você não deve gastar muito tempo com investimentos;
- A importância da poupança;
- A importância das taxas de rendimento das suas aplicações para o seu futuro financeiro;
- O papel do tempo na construção de patrimônio;
- O grande erro da Classe Média que os impede de prosperar.
A Chave para a Independência Financeira
A Renda Passiva é aquela que você ganha sem a necessidade de trabalhar.
Em linhas gerais, podemos destacar três categorias:
- Dividendos: quando você compra ações, você tem direito a uma parte dos lucros da empresa;
- Aluguéis: quando você cede um bem, como um imóvel, para um terceiro, você cobra um aluguel;
- Juros: quando você empresta dinheiro a uma empresa, um banco ou ao governo, você receberá juros.
A renda passiva é a chave para a liberdade.
Quando você tem uma renda passiva superior às suas despesas, você não precisa mais trabalhar para viver.
Por isso, você pode se dedicar aos projetos que realmente importam para você.
Você poderá trabalhar com o que realmente ama. Poderá tirar férias quando quiser.
E como construir uma renda passiva?
A sua capacidade de obter renda passiva é proporcional ao seu patrimônio líquido, que é o número mais importante da sua vida financeira.
O número mais importante da sua vida financeira
A maioria das pessoas têm o hábito de medir a sua vida financeira pela sua renda mensal.
Porém, esse hábito não é partilhado pelos verdadeiros ricos. E com razão.
O grande problema é que, em geral, elas utilizam como referência uma renda mensal ativa, não a renda passiva.
Uma renda mensal ativa pode variar por muitos fatores:
- Se a sua renda mensal vem de um emprego, ela depende de terceiros;
- Se a sua renda mensal vem de um negócio, ela pode ser afetada por um novo concorrente;
Os atletas profissionais são o maior exemplo de como essa métrica é ruim. Apesar de ganharem altíssimos salários, é comum eles se aposentarem e, em poucos anos, estarem afundados em dívidas.
Os ricos, por sua vez, se preocupam principalmente com o Patrimônio Líquido. E é exatamente esse número que você deve se preocupar de agora em diante.
Para calcular o seu patrimônio líquido, você precisa conhecer algumas definições importantes:
- Ativos: são os seus bens e direitos, que podem ser convertidos em dinheiro. Exemplos: ações, títulos de renda fixa.
- Passivos: são as suas obrigações e contas a pagar. Você precisará gastar dinheiro para liquidá-los. Exemplos: financiamentos, parcelas do cartão de crédito.
O Patrimônio Líquido corresponde à diferença entre Ativos e Passivos:
PL = Ativos – Passivos
Os ricos se preocupam com a construção de patrimônio líquido. Quanto maior o seu patrimônio líquido, mais vantajosa será a sua vida financeira.
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A sua maior fonte de renda
Enquanto você não for um milionário, a sua maior fonte de renda é o seu trabalho.
É muito comum os iniciantes no investimento se empolgarem e tentarem aprender técnicas fabulosas para conseguir retornos mais rápidos.
Porém, eles fariam muito melhor se simplesmente se dedicassem à sua carreira.
Imagine que você passe 3 horas por dia lendo sobre investimentos. E, assim, você conseguiu um retorno de 20% ao ano.
Por outro lado, o seu colega de trabalho se dedicou à carreira e conseguiu uma promoção.
Qual dos dois você acha que estará melhor no futuro?
Ao conseguir uma promoção, o seu colega terá muito mais chances de poupar, principalmente se ele tiver inteligência financeira.
Por isso, a filosofia da Múltiplos é que você deve se dedicar ao seu trabalho. Em geral, passamos meses ou anos sem fazer uma única alteração na carteira de investimentos.
Existem dois motivos importantes para isso:
- Isso permite que o investidor se concentre em trabalhar e não precise perder horas valiosas do seu dia analisando o mercado;
- Contamos com o fator tempo para maximizar os nossos investimentos.
Gastar tempo demais com investimentos vai ser somente uma distração no caminho da sua independência financeira.
O que é a poupança?
A sua capacidade de poupança é o principal fator que determina o crescimento do seu patrimônio líquido.
Poupança = Receitas – Despesas
Algumas pessoas são muito boas no ataque, isto é, na geração de receitas. Porém, não conseguem ser tão eficientes na defesa do seu patrimônio.
Por outro lado, algumas pessoas são muito boas na defesa. E, por isso, elas podem conseguir construir um bom patrimônio, mesmo sem ganhar muito.
Em termos gerais, é interessante que você consiga poupar 20% do seu salário para construir um projeto futuro de aposentadoria.
Algumas pessoas podem conseguir mais ou menos. Porém, é muito importante que você se preocupe em poupar uma parte da sua renda todos os meses.
A importância das taxas de rendimento
O investimento é uma parte muito importante da construção de patrimônio.
Todo o esforço de poupar deve ser recompensado com uma boa rentabilidade. Eu preparei uma simulação para você entender o que aconteceria caso você investisse R$500 por mês ao longo de 19 anos em três investimentos diferentes:
Obs.: Os valores citados foram calculados com base na rentabilidade passada das modalidades de investimento referidas. Porém, rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.
O Método Múltiplos tem o objetivo de garantir uma rentabilidade média de 19% ao ano. Esse rendimento é bem acima do CDI e outras aplicações comuns, porém é ainda abaixo do que outros grandes investidores conseguem.
A Figura mostra o poder das taxas de rendimento para o acúmulo de patrimônio. Num prazo de 19 anos, você pode obter um rendimento 349,7% acima da poupança.
Agora, você conhece alguém que passou a vida inteira poupando, mas que nunca conseguiu atingir a independência financeira?
Essa situação, infelizmente, é muito comum. É o que acontece quando as pessoas ignoram as taxas de rendimento e se satisfazem com produtos ruins, como a poupança e a previdência privada.
Se você tivesse R$210 mil hoje, você conseguiria viver com esse dinheiro?
Certamente não.
Porém, se você tivesse R$945 mil, seria diferente. Considerando um rendimento de dividendos de 5% ao ano (é possível obter até um pouco mais), você teria um salário anual de R$47,270.67, o que equivale a R$3,939.22 por mês, isentos de imposto de renda.
Naturalmente, se você quiser ter um salário maior que esse, você precisará poupar mais ou por mais tempo.
Porém, note que, poupando R$500 por mês, você conseguirá um rendimento mensal perpétuo em apenas 19 anos.
Se você começou o plano aos 25 anos, você conseguiria se aposentar aos 44. E com dinheiro. Nada mal, não é?
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O Fator Tempo
É muito comum as pessoas procurarem os investimentos como um meio de ganhar dinheiro rápido.
Porém, a verdade é que o tempo é um ingrediente indispensável para o acúmulo de patrimônio.
O investimento é caracterizado pelo encontro entre duas personagens:
- O Investidor: possui recursos financeiros e gostaria de ganhar mais. Porém, não tem capacidade ou vontade de empreender e tocar um projeto.
- Empreendedor: possui projetos, mas precisa de recursos para tocá-los.
No investimento, o investidor repassa seus recursos ao empreendedor. Este, então, realiza os projetos.
O investidor receberá uma parte dos lucros futuros.
Esse processo requer tempo. Se você abrir uma fábrica ou uma loja hoje, não vai ser amanhã que vão aparecer os resultados.
Um negócio pode demorar meses ou anos para maturar e dar o retorno adequado do investimento.
Além disso, os lucros obtidos podem ser reinvestidos, criando um processo de crescimento exponencial do seu patrimônio.
Como exemplo, temos as ações da Disney. O que aconteceria, se você tivesse investido $10 mil na Disney em 1978 e mantido até os dias de hoje?
Você teria $1.367.435,90.
A Disney foi, basicamente, uma fábrica de dinheiro pelos últimos 40 anos.
Segundo Warren Buffett, “o prazo ideal de um investimento é a eternidade.” Para o megainvestidor, o sucesso nos investimentos vem de encontrar uma empresa comprometida em crescer e deixar que ela faça o trabalho.
Em linhas gerais, investir é se cercar de pessoas competentes.
Quando compramos ações de uma empresa, nós nos tornamos sócios dela. E, portanto, contratamos toda a sua equipe para trabalhar para nós.
Perdendo o Medo de Investir
Se você for uma pessoa normal, você deve ter medo de investir em ações. E eu também tinha.
A maioria das pessoas pensa que o mercado de ações é como uma loteria. Elas compram uma ação e ficam torcendo para subir.
Porém, eu adoto uma abordagem diferente. Quando eu invisto numa ação, eu me torno sócio de uma empresa.
Uma das primeiras ações que comprei foi o Pão de Açúcar (PCAR4). Eu fui ao Supermercado Extra próximo à minha casa e escolhi uma prateleira para chamar de minha.
Sim, eu era sócio. Então a minha participação no Pão de Açúcar deveria valer, pelo menos, uma prateleira.
Quando a ação caía e eu me sentia inseguro, eu ia ao supermercado e olhava a minha prateleira.
E lá estava ela. Cheia de geléias. E o melhor: as pessoas compravam normalmente.
Foi assim que eu passei a entender que o preço as ações não tinha nada a ver com o meu patrimônio. Para mim, o mais importante era que a minha prateleira continuasse gerando lucro.
Enquanto ela tivesse lucro, o meu patrimônio cresceria de uma forma ou de outra.
O Grande Erro da Classe Média
“Os ricos compram ativos. Os pobres só têm despesas. A Classe Média compra passivos pensando que são ativos.” (Robert Kiyosaki)
Essa célebre frase do autor do best-seller Pai Rico, Pai Pobre faz referência ao conto de fadas da classe média.
Os ricos se concentram em comprar ativos que geram renda passiva, como ações, imóveis para aluguel e títulos de renda fixa.
Porém, a classe média tem o hábito de medir o seu status financeiros por bens que geram despesas, como carros e a casa própria.
João e Maria vivem o conto de fadas da classe média.
Eles casaram, fizeram uma festa grande. Compraram um carro e um apartamento. Depois de um tempo, eles compraram um carro maior. E uma casa maior. Depois, eles começaram a viajar para a Europa todos os anos.
Os filhos apareceram. Cada um ganhou um carro novo. E os pais também compraram um carro maior. Uma casa maior.
Quando os filhos ficaram adultos, os pais pagaram a faculdade. Pagaram também o intercâmbio.
E, quando chegaram à velhice, João e Maria perceberam que não tinham reservas. Eles passaram a vida inteira gastando praticamente tudo o que ganhavam.
Por isso, João teve que contar com a aposentadoria do INSS. Ele se aposentou como um grande executivo, mas, cinco anos depois, já recebia um salário bem menor.
O erro financeiro mais comum do brasileiro é pensar que o carro e a casa são investimentos.
Por isso, é muito comum as pessoas medirem o seu status financeiro pelo tamanho do carro que dirigem e pela casa em que moram.
A verdade é que o carro é uma família. E das mais gastadoras. Ele consome boa parte dos seus recursos com diversas despesas:
- Combustível;
- Estacionamento;
- Manutenção;
- Seguro;
- IPVA;
- Depreciação;
- Custo de Oportunidade.
Porém, a confusão se torna ainda maior porque algumas pessoas pensam que a casa própria é um investimento.
Nesse artigo, eu mostro que abrir mão da sua poupança para financiar um imóvel é um grave erro. Ao fazer isso, você está simplesmente fazendo dívidas.
Leitura Recomendada: 3 provas definitivas de que a casa própria é um mau negócio (você nunca parou para pensar na #2)
Porém, o que acontece quando a sua casa se valoriza? Você já parou para pensar?
Na maioria dos casos, você simplesmente paga mais imposto.
A sua casa própria não é um investimento, mas um bem que você adquiriu para utilizar.
Portanto, se você não vai vender, uma potencial valorização do bem não vai alterar nada a sua vida. Exceto pelo fato de que você vai pagar mais IPTU.
Somado a isso, o que você recebe no IPTU é chamado valor venal, que é calculado de forma totalmente arbitrária pelo governo.
Em geral, é praticamente impossível vender uma casa por esse preço. Na maioria das vezes, a valorização de sua casa própria é simplesmente uma métrica de vaidade e tem pouco a ver com a sua riqueza real.
Conclusão
Conquistar a sua independência financeira requer tempo e muita dedicação.
Porém, os benefícios são enormes, pois ela vai te permitir viver a vida como você desejar.
A partir de agora, você precisa começar a focar em obter fontes de renda passiva em vez de acumular despesas maiores. O caminho é longo, porém bastante recompensador. Conte com a nossa ajuda!
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